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PMEs e as práticas de ESG - RMAI

Selo Tesouro Verde auxila pequenas e médias empresas a aderirem as práticas de ESG

Metodologia desenvolvida pelo Grupo BMV permite que PMEs também adotem práticas ambientalmente e socialmente corretas. Valores são acessíveis a todos os modelos de negócio

Por admin

As práticas de ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança corporativa) deixaram de ser uma tendência e uma realidade apenas das empresas de grande porte. Pequenas e Médias Empresas (PMEs) também estão adotando ações ESGs, com intuito de impactar positivamente a sociedade e atender as demandas de investidores, consumidores, clientes e população de forma geral.

Prova disso, é o crescimento no número de PMEs que estão aderindo ao selo Sustentabilidade Tesouro Verde da greentech Brasil Mata Viva (BMV), uma certificação ambiental que pode ser adquirida por empresas de qualquer tamanho. Para obter essa certificação, as empresas podem entrar em contato com o SEBRAE ou acessar o site do Tesouro Verde.

Segundo o Grupo BMV, o número de empresas que aderiram ao Selo Tesouro Verde aumentou mais de trinta vezes, saltando de 23, em 2018, para 750, em 2022. Desse total, cerca de 30% são pequenas e médias empresas, que também adquiriram a certificação.

 

Temática ESG

 

“A certificação selo Sustentabilidade Tesouro Verde se adapta às necessidades relacionadas a temática de ESG de empresas de diversos setores e tamanhos. Ao adquirir, as pequenas e médias empresas também reafirmam seu compromisso com a preservação do meio ambiente e com a sociedade, mostrando que isso não é uma exclusividade dos grandes grupos”, afirma a economista Maria Tereza Umbelino, CEO e fundadora do Grupo BMV.

Um dos exemplos é a clínica odontológica, Viana Frascino, localizada em São Paulo, que se tornou uma PME certificada pelo BMV. Para Silvana Frascino, diretora técnica da clínica, a aquisição atende os compromissos de Ciência, Ética e Coerência, principais valores seguidos no consultório. “Com a pandemia, passamos a gerar mais lixo por conta das medidas de segurança de atendimento aos pacientes. Já fazíamos o descarte adequado das máscaras, luvas e propés, mas com o aumento no uso desses materiais percebemos que era necessário fazer mais. Por isso, decidimos pelo selo Sustentabilidade Tesouro Verde para seguir na pegada ESG e melhorar o nosso redor, contribuindo com o desenvolvimento sustentável e na geração de valor para sociedade de modo geral”, afirma.

O investimento da certificação varia entre R$ 1.000 e R$ 2.000 ao ano, sendo extremamente vantajoso para as PMEs.

 

Sobre a certificação do BMV

 

A certificação emitida pelo Grupo BMV é obtida através da aquisição de UCS, uma comodity ambiental ESG registrada na B3. As UCSs vêm da agricultura e dos produtores rurais, que incluem suas áreas de preservação ambiental no programa do BMV e são rentabilizados por isso.

O produtor rural que faz parte dos programas do BMV assume o compromisso de conservar a reserva florestal que possui em suas terras pelos próximos 25 anos. Em contrapartida, é remunerado como se a floresta tivesse valor de safra. A UCS foi desenvolvida como um título que pode ser adquirido na B3 tanto quanto títulos de commodities como arroz, milho ou café.

Parte do valor arrecadado com a venda de UCS é destinado a produtores rurais pertencentes aos núcleos de atuação do BMV. Parte da verba é destinada a um determinado produtor e a outra parte ao núcleo ao qual pertence, que, de forma participativa, define o que a comunidade local precisa, como, por exemplo, escola, posto de saúde, construção de uma ponte, entre outros.

Há critérios bem definidos para admitir um produtor rural no programa. A floresta nativa que se candidata a fazer parte de um núcleo do BMV, é colocada em audiência pública, que conta com a participação do Ministério Público local acompanhando o processo então, passa a integrar o programa e se beneficiar dos créditos obtidos pelas UCS. Como a UCS contempla práticas ambientais (preservação da floresta), sociais (projetos comunitários) e de governança (regulamentações, certificações e rastreabilidade) é classificada como uma commodity ESG.

Atualmente, mais de um milhão de hectares de mata nativa estão preservados, em sete núcleos do BMV: Xingu, Teles Pires, Madeira, Arinos, Amapá, Roosevelt e Guariba, nos estados do Amazonas, Amapá e Mato Grosso.

A metodologia desenvolvida pelo BMV conta com o respaldo científico da Unesp, que verifica a aferição da biodiversidade das florestas que integram os projetos. Além disso, todo o protocolo é chancelado pela principal certificadora do mundo, especializada em inspeção, testes e certificação ambiental, a suíça SGS, garantindo que a operação seja a mais sustentável possível. Para completar, o grupo BMV utiliza tecnologias como blockchain, que permitem a rastreabilidade dos títulos emitidos

 

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