Início » Pesquisa apresenta insights e iniciativas ESG para empresas dentro da próxima década
Pesquisa apresenta insights e iniciativas ESG para empresas dentro da próxima década - RMAI

Pesquisa apresenta insights e iniciativas ESG para empresas dentro da próxima década

Levantamento da Spark:off Brasil, encomendado pelo Instituto Capitalismo Consciente Brasil, mapeia o que já foi construído e projeta o futuro das empresas conscientes

Por Sofia Jucon

Com o objetivo de fazer uma análise sobre o que as empresas conscientes estão fazendo e projetando para a próxima década, o Instituto Capitalismo Consciente Brasil, com viabilização da Bravo GRC, encomendou uma pesquisa para a Spark:off Brasil, consultoria em tendências e inovação liderada por Andréa Bisker.

O material, apresentado primeiro para os participantes do III Fórum Brasileiro de Capitalismo Consciente, aponta dados de capital biológico, tendências para um sistema pautado nas economias regenerativa e circular e apresenta cases de sucesso alinhados ao conceito de Sociedade 5.0, organização social que busca utilizar tecnologias como big data, inteligência artificial e internet das coisas (IoT) para criar soluções com foco nas necessidades humanas e do Meio Ambiente. Além disso, o levantamento abordou o potencial do Brasil na bioeconomia mundial.

Pesquisa ESG

A parceria entre o Instituto Capitalismo Consciente Brasil e a Spark:off Brasil surgiu do desejo de mapear os últimos dez anos do movimento do país. Os especialistas envolvidos na pesquisa se desdobraram sobre o passado, o presente e futuro do ESG e das empresas capitalistas conscientes, para estimular o olhar apurado para o futuro e a projeção de negócios cada vez mais alinhados ao movimento.

“A parceria entre o ICCB e a Spark:off nasceu do desejo de elucidar a jornada dos últimos dez anos de atuação do instituto e das iniciativas de sustentabilidade e inovação de empresas nacionais e internacionais. Essa união envolveu especialistas que mergulharam de corpo e alma no passado, presente e futuro do ESG e das empresas conscientes. O resultado do relatório apresenta uma visão empolgante do horizonte, onde vislumbramos um cenário de negócios cada vez mais alinhados com esse propósito”, avalia Daniela Garcia, CEO do Instituto Capitalismo Consciente Brasil.

O relatório

O estudo desenvolvido pela Spark:off promove uma análise do passado, presente e futuro, sempre destacando que o Brasil é país do futuro do presente. Passando pelo ano de 1987, em que surgiu o conceito de desenvolvimento sustentável, passando por 2002, ano em que o termo foi cunhado oficialmente na Rio+10 em Johanesburgo, na África do Sul, até chegar no presente em que as discussões sobre sustentabilidade são inevitáveis, especialmente pós-pandemia, o report apresenta alguns dados relevantes para a construção do futuro.

Segundo dados do Ipsos, 71% dos adultos em todo o mundo concordam que, a longo prazo, a mudança climática é uma crise tão séria quanto o Covid-19. De acordo com a Spark:off, a conscientização vem aumentando e a sociedade está cada vez mais ciente do peso e efeitos que a humanidade tem no planeta, e, consequentemente está mais atenta a questões sociais, o que será um valor ainda mais crescente e essencial na próxima década. Além disso, o report destaca que somente com transparência, igualdade, colaboração e pensamento decolonial que será possível criar um mundo mais justo, equilibrado e sustentável para as presentes e futuras gerações.

Como forma de despertar empresas e pessoas físicas para o que está por vir e incentivar a ação para além da intenção, o relatório apresenta soluções e tendências inspiradoras para o amanhã, além de apontar que o futuro passa diretamente pela bioeconomia, que promove a utilização sustentável dos recursos naturais, reduzindo o impacto ambiental das atividades econômicas e impulsionando a inovação tecnológica. E voltando ao conceito do Brasil como país do futuro do presente, o levantamento aborda o país como tendo potencial para ser protagonista na bioeconomia, quando o enxerga como parte de um projeto nacional. A visão se fortalece quando dados da Fundação Getúlio Vargas com a EMBRAPA + ABBI apontam que o Produto Interno Bruto da Bioeconomia (PIB-Bio) foi de R$ 2,5 trilhões no Brasil em 2022.

Além disso, o relatório se desdobra em apresentar iniciativas geradas a partir da preocupação global com o esgotamento dos recursos naturais e com a crescente consciência sobre o impacto ambiental do descarte e consumo insustentável, como as tendências de economia circular, economia regenerativa, Sociedade 5.0, assim como ações para redução de emissões de carbono. Apresentando cases de grandes empresas, como a emblemática Patagônia, referência em sustentabilidade, que encabeçou um movimento de reparação das suas peças, e um exemplo da indústria da tecnologia com a Fairphone, que produz celulares com materiais ecologicamente responsáveis, incluindo plástico reciclado.

Carbono neutro

O report ainda apresenta cases nacionais de iniciativas de sustentabilidade, como a da L’Oréal Brasil, que anunciou a neutralidade de carbono em suas unidades no país, e a No Carbon Milk, uma iniciativa de produção sustentável de leite, que é carbono neutro, orgânico e com certificação de bem-estar animal.

“E se as maiores barreiras para adotar um modelo circular em sua empresa se tornassem suas maiores oportunidades de inovação? E se alavancarmos a bioeconomia para criar parcerias inéditas com outros setores, gerando soluções colaborativas para os maiores desafios ambientais e sociais? E se a descarbonização não fosse apenas uma necessidade ética, mas a principal fonte de vantagem competitiva para nossa empresa na próxima década? E se, em vez de apenas reduzir o dano, as empresas realmente restaurassem os sistemas naturais e sociais que afeta? Como isso redefiniria seu papel na sociedade? E se nossa organização fosse totalmente adaptada para a Sociedade 5.0 amanhã?”, provocou Andrea Bisker, fundadora da Spark:off Brasil, durante a apresentação da pesquisa no III Fórum do Capitalismo Consciente.

O evento teve patrocínio da Bravo GRC, viabilizadora da apresentação da pesquisa, além da Gerdau, C&A, Ifood e Riachuelo. A terceira edição do fórum contou com o apoio da AMCHAM, Converger e Menos Um Lixo, além das parcerias institucionais de Connecting Food, BMV, Fruta Imperfeita, Winx, Quintessa, Humanizadas, Mol Editora, X.Tree, Monai e Vida Simples.

Foto: Reprodução

 

Notícias relacionadas