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Estratégias ESG e inovação no transporte rodoviário pautaram debate entre especialistas - RMAI

Estratégias ESG e inovação no transporte rodoviário pautaram debate entre especialistas

Temas compuseram programação da 22ª edição do Congresso de Mobilidade Urbana 2023, realizado em São Paulo

Por Sofia Jucon

Em evidência mundo afora, estratégias ESG ganham os noticiários e pautam debates profundos de especialistas de diversos setores da economia global e no Brasil não é diferente. O país é conhecido pelo grande potencial a explorar no contexto da sustentabilidade e pela retomada do protagonismo desta agenda no cenário global.

A urgência do assunto pautou os debates do segundo dia da 22ª edição do Congresso de Mobilidade Urbana 2023, realizado em São Paulo. No painel, “A renovação frota e as perspectivas dos combustíveis renováveis na visão da ABRATI”, autoridades no assunto abordaram os desafios e oportunidades do país para colocar nas ruas um transporte coletivo de qualidade e eficiência, apto para as demandas e necessidades sociais.

Transporte rodoviário

Moderado pela jornalista Roberta Soares, o encontro destacou ainda as principais novidades e expectativas do setor. Na ocasião, Leticia Pineschi, conselheira da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (ABRATI), comentou as estratégias a curto, médio e longo prazos para a renovação sustentável da frota em consonância com a urgência da agenda ambiental.

“Estamos ansiosos por novidades e acompanhamos de perto as inovações tecnologias, mas é preciso ter clareza de onde estamos e que caminhos estamos traçando. Os veículos elétricos não são uma realidade para o nosso setor, mas não significa que não estamos avançando em pautas ESG”.

Especialistas ouvidos no encontro destacaram ainda que para o transporte rodoviário os esforços estão concentrados na renovação da frota e na utilização de combustíveis renováveis. Letícia observou que o Brasil aderiu ao sistema Euro 6, de normas que regulamenta a emissão de poluentes de motores a diesel, incentivando a renovação da frota com mais de 20 anos.

Outro fator em evidência foi a substituição do diesel por biocombustíveis, considerado o combustível do futuro o hidrogênio e que deve zerar a emissão de carbono no transporte rodoviários, “porém é uma alternativa a longo prazo, sendo considerada viável para no mínimo 10 anos”, ponderou Pineschi. A alternativa transitória com uma redução de emissão de 70% é a utilização do óleo vegetal hidrotratado (HVO), que já é uma realidade, e se apresenta como a solução onde deve se investir no momento.

Estratégias ESG

Ainda de acordo com a ABRATI, as empresas de transporte terrestre de passageiros estão investindo fortemente em estratégias ESG de forma orgânica, sem respaldo jurídico ou incentivos tributários.

“As ações de sustentabilidade no transporte terrestre são o compromisso das empresas com a sociedade, assim como a entrega de um serviço de alta qualidade, seguro, e que os passageiros reconhecem e aprovam. Esperamos que num futuro breve nossas iniciativas sejam critérios para que empresas sérias e compromissadas possam investir ainda mais no cuidado com o planeta”, concluiu.

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