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Com debates sobre o saneamento no Brasil, congresso da Abes reuniu 7 mil pessoas, em BH - RMAI

Com debates sobre o saneamento no Brasil, congresso da Abes reuniu 7 mil pessoas, em BH

Promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), o 32º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental (CBESA), aconteceu entre 21 e 24 de maio, na capital mineira, com recorde de público e contou com mais de 300 especialistas que debateram o tema principal do evento: "Saneamento ambiental: desafios para a universalização e a sustentabilidade".

Por Sofia Jucon

Um sucesso de participação e engajamento na discussão dos temas mais relevantes do Saneamento Ambiental no Brasil. Assim foi o 32º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, o Congresso da ABES, que foi promovido no Expominas, em Belo Horizonte, de 21 a 24 de maio. Com um público de 7 mil congressistas e visitantes da Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental (Fitabes), 60 painéis e mais de 300 especialistas de todo o país, o Congresso discutiu os grandes temas do setor, como a universalização do saneamento.

Na cerimônia de abertura, o congresso contou com as presenças de autoridades, como o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões; e o Secretário Nacional de Saneamento, Leonardo Picciani; além de representantes das associações do setor de saneamento.  Alceu Guérios Bittencourt, presidente da Abes Nacional, expressou, em seu discurso de boas-vindas, a alegria pela oportunidade de estar de volta, presencialmente, a esse importante espaço de encontro, debate e conhecimento.

Saneamento no Brasil

O Painel Inaugural, na segunda-feira, 22, contou com a participação do secretário Nacional de Saneamento, Leonardo Picciani, com moderação de Alceu Guérios Bittencourt, presidente nacional da ABES. Na ocasião, os especialistas trouxeram desafios e soluções relacionadas ao Saneamento no Brasil.

Além do secretário, participaram Natália Resende, secretária do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo; Marília Mello, secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado de Minas Gerais; Guilherme Augusto Duarte de Faria, presidente da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa); e Carlos Augusto Chernicharo, sócio-diretor do Centro de Referência em ETEs Sustentáveis e da Chernicharo & Bressani Consultoria e Capacitação em Saneamento.

O secretário nacional de Saneamento, Leonardo Picciani, também ministrou a Palestra Magna com o tema “Os caminhos da universalização dos serviços de saneamento”.

Na quarta-feira, um painel especial abriu o Congresso: Política de Meio Ambiente no Brasil. Teve participações de Rodrigo Perpétuo, Diretor Executivo da ICLEI América do Sul, Eric Sawyer, Presidente do Conselho do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) e  Marcelo Pereira de Souza – Professor da Universidade de São Paulo (USP).

Na segunda-feira (22), o Diálogo Setorial 3 abordou os “Ajustes no Marco Regulatório do Saneamento”, com participação Munir Abud, vice-presidente Regional Sudeste da Aesbe (Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento) e presidente da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), Percy Soares, diretor executivo da Abcon Sindcon (Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto); Francisco dos Santos Lopes, advogado e secretário executivo da Assemae (Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento); e Wladimir Ribeiro, advogado sócio do Escritório Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques – Sociedade de Advogados. O painel foi moderado por Álvaro José Menezes da Costa, diretor nacional da ABES.

Saneamento rural

Na terça-feira (23), especialistas discutiram “Como incorporar favelas, áreas informais e saneamento rural nos contratos”, com o presidente da ABES-RJ, Miguel Alvarenga Fernández y Fernández, recebendo Jorge Luiz Sellin, gerente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social); Caroline Soares Brisola, da Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques – Sociedade de Advogados; e Wanderson José dos Santos, presidente da Fundação Rio-Águas.
No dia 24, as “Soluções para a Ampliação da Coleta de Esgotos rumo à Universalização: Experiências Brasileiras” foram tema de painel. A meta de universalização do acesso aos serviços de esgotamento sanitário, explícita no novo marco legal do saneamento, impõe uma série de desafios a serem enfrentados pelas prestadoras de serviços, órgãos gestores, agentes reguladores, entidades e profissionais do setor.
O painel se propôs a conhecer e discutir experiências, aprofundando o debate sobre como aplicar soluções às diferentes situações e realidades do País, especialmente frente às disparidades regionais e urbanas e às especificidades territoriais, topográficas, climáticas, ambientais, sociais e econômicas. Participaram Paula Alessandra Bonin Costa Violante, diretora de Tecnologia Empreendimentos e Meio Ambientes da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo); e Victor Diego Soares de Almeida, assessor da presidência da Cagece (Companhia de Água e Esgoto do Ceará).
Também na quarta (24), especialistas debateram o tema  “Universalização: construção de uma base legal para o Saneamento Rural”.

Financiamento

O financiamento no setor de saneamento foi tema de um dos painéis do terceiro dia de programação do 32° Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental (CBESA) – o Congresso da ABES, na quarta-feira, 24 de maio. Com moderação de Selma Cubas, presidente da ABES Seção Paraná, o painel teve como palestrantes: Eduardo Nali, especialista da área de Infraestrutura do BNDES, Gustavo Méndez, especialista principal em Água e Saneamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Catia Cristina Teixeira Pereira, diretora Econômico-Financeira e de Relações com Investidores da Sabesp, e Luis Alberto Andres, especialista do Banco Mundial.

Os 60 painéis de discussão contaram com grandes especialistas do setor. Os painéis foram divididos entre diálogos setoriais, sessões de câmaras temáticas e sessões com quatro eixos: esgoto, resíduos e economia circular, recursos hídricos e meio ambiente, e desenvolvimento operacional e inovação das empresas de saneamento.

As discussões contaram com presenças de presidentes e profissionais de empresas de saneamento públicas e privadas, órgãos públicos municipais, estaduais e federal e universidades. Alguns dos maiores especialistas do país estiveram presentes, como Léo Heller, ex-relator da ONU para o Direto à Água e ao Saneamento.

Referência para a comunidade acadêmica, o Congresso da ABES teve ainda a apresentação de mais de 1.000 trabalhos técnico-científicos.

Inovação

Três rodadas de inovação foram promovidas durante o Congresso, nos dias 23 e 24 de maio, no Espaço Startup, com os temas Gestão, Monitoramento e Sensoriamento, Meio Ambiente e Saneamento e Resíduos e Gestão.

Além disso, a ABES possui um programa que envolve os jovens estudantes e profissionais do setor. Durante o Congresso, eles promoveram diversas atividades e o Prêmio Jovem da Água de Estocolmo – Etapa Brasil.

Em conjunto com o Congresso foi realizada a Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental – Fitabes, reunindo os maiores e mais atuantes fornecedores de tecnologia, materiais e equipamentos do setor de saneamento. A Feira teve 108 estandes participantes.

O 32º Congresso da Abes e a Fitabes foram um evento carbono neutro, por meio de uma ação inovadora: em parceria com a HIDROBR, empresa de soluções ambientais, a associação realizou um mercado voluntário de carbono experimental durante o mais importante congresso de saneamento ambiental do Brasil.

Foto: Divulgação/Abes

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