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Cadeias de valor ganham projeto para crescimento mais sustentável nos moldes do ESG - RMAI

Cadeias de valor ganham projeto para crescimento mais sustentável nos moldes do ESG

Iniciativa da FGVces é co-financiado pelo AL-INVEST Verde, programa da União Europeia para promover o crescimento sustentável e a criação de empregos na América Latina. Pequenas e médias empresas indicadas pela Vivo vão participar do projeto

Por Sofia Jucon

O Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV EAESP lançou recentemente o projeto ‘Ancorando Cadeias de Valor Sustentáveis no Brasil’. O objetivo é apoiar pequenas e médias empresas, inseridas em cadeias de valor de grandes companhias no Brasil, a migrarem para uma economia circular e de baixo carbono.

A iniciativa envolve fornecedores de duas grandes empresas, ambas com atuação nas agendas Ambientais, Sociais e de Governança (ESG), e será realizada ao longo de 20 meses em parceria com a Câmara de Comércio da Espanha e a Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil. O projeto é co-financiado pelo AL-INVEST Verde, programa da União Europeia para promover o crescimento sustentável e a criação de empregos na América Latina.

Cadeias de Valor

No Brasil, o projeto atuará em três frentes: (1) desenvolvimento de capacidades; (2) produção de conhecimento; (3) formação de redes e intercâmbio. “Em termos de impactos esperados, a iniciativa buscará aprimorar a gestão para a sustentabilidade e práticas de economia circular entre pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras, facilitar o surgimento de novas parcerias e oportunidades de negócio e, com isso, promover cadeias de valor com um diferencial competitivo em função de seus atributos de sustentabilidade”, afirma Beatriz Morganti Brandão, gestora de projetos do FGVces.

Frentes de atuação

A primeira frente do projeto consiste em um percurso formativo, composto por cinco oficinas, para pequenas e médias empresas (PMEs) inseridas nas cadeias de valor das empresas-âncora do projeto. A Vivo é a primeira grande empresa confirmada; a segunda está em fase de assinatura do contrato.

Cada uma das empresas indicará 25 parceiras para participar das oficinas, que abordarão temas como: gestão para sustentabilidade; materialidade, transparência e report; economia circular e pensamento de ciclo de vida; gestão de emissões de gases de efeito estufa; cadeias de valor, direitos humanos e aspectos sociais.

“Na Vivo, atuamos pelo desenvolvimento sustentável em diversas frentes, como redução de emissões, uso de energia renovável e economia circular. Desde que implantamos nossas primeiras metas ambientais, em 2015, reduzimos em 88% nossas emissões diretas. Nosso programa Vivo Recicle já recolheu mais 5,2 milhões de itens, dando a destinação adequada a mais de 139 toneladas de resíduos. Desde 2019, nossos objetivos e metas também estão voltados para a cadeia de fornecimento e buscamos envolvê-los nessa jornada pela sustentabilidade, por isso, a importância de iniciativas como esta, da FGV”, revela Ana Letícia Senatore, gerente de Sustentabilidade da Vivo.

Já a frente de produção de conhecimento envolve a produção de relatórios sobre economia circular e soluções tecnológicas inovadoras no Brasil e Europa. Para isso, o FGVces realizará, entre outras ações, uma chamada de casos para identificar e analisar PMEs que sejam referências, ou benchmarks, quando se trata de soluções em economia circular.

Missão comercial na Europa

Finalmente, na frente de redes e intercâmbio, o projeto criará uma comunidade multistakeholder unindo as empresas-âncora, PMEs parceiras e PMEs de referência, além de outras organizações do ecossistema de sustentabilidade empresarial e economia circular, como governos, ONGs, agências de fomento a PMEs etc., para promover a troca de experiências e conhecimentos, e facilitar o surgimento de novas parcerias e oportunidades de negócio.

Ao final do projeto, em 2024, serão selecionadas algumas PMEs para participar de uma missão comercial na Europa, cuja proposta é promover trocas de conhecimentos e viabilizar oportunidades de negócio.

Entre as pequenas e médias empresas indicadas pela Vivo para participar do projeto, estão: Flex, Amphenol, Dual Comp, Fonnet, Inforshop, MPT Fios, M-Was (Nano Fiber), Neltel, Quadrac e Union sistemas.

Foto: Reprodução

 

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