Um estudo divulgado pela Wood Mackenzie informou que o Brasil será o quinto maior mercado de energia solar do mundo até 2032, atrás da China, Estados Unidos, Índia e Alemanha. Segundo a consultoria, a capacidade instalada de energia solar deve chegar a 360 GW, com média anual de 4% nos próximos dez anos.
Atualmente o Brasil possui pouco mais de 34 GW de capacidade instalada, deste total, cerca 10,4 GW se refere a geração centralizada de energia solar, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Oportunidades da energia solar
Para Nelson Falcão, diretor sênior de Vendas na Nextracker, o crescimento exponencial deste tipo de energia no Brasil oferece uma série de oportunidades e desafios, principalmente para a geração centralizada de energia solar. Entre as perspectivas, segundo o executivo, o mercado vai fomentar tecnologias avançadas em rastreadores para placas solares (tracker), com software baseado em machine learning integrado no rastreador.
O bom desempenho do mercado brasileiro vem também da geração própria que, segundo a Absolar, ultrapassou a marca de 24 gigawatts (GW) de potência instalada em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos no Brasil, com mais de 3,1 milhões de unidades consumidoras atendidas pela tecnologia fotovoltaica.
Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, com a energia solar, o País pode, em pouco tempo, tornar a matriz elétrica brasileira ainda mais limpa e renovável. “Embora as 3,1 milhões de unidades consumidoras abastecidas com energia solar distribuída sejam motivo de comemoração, há ainda muito espaço para crescer, já que o Brasil possui cerca de 91,7 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica e começa a avançar no modelo ideal de transição energética”, comenta.
Sustentabilidade
O CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, aponta que o crescimento da geração própria de energia solar fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros. “A geração própria instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos, diretamente nos centros urbanos e de consumo, ajuda a fortalecer e traz mais resiliência à rede elétrica, ao concentrar a geração de eletricidade próximo dos locais de consumo. Isso reduz o uso da infraestrutura de transmissão, aliviando pressões sobre sua operação e diminuindo perdas em longas distâncias, o que contribui para a confiabilidade e a segurança em momentos críticos”, explica.
A fonte solar é, portanto, uma alavanca para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do País. “O crescimento da geração própria da energia fotovoltaica também amplia a atração de capital e impulsiona a geração de mais emprego e renda aos brasileiros”, conclui Sauaia.