A pauta ESG (sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa) está entre as maiores prioridades de investidores atualmente. Em busca de investimento, organizações de todos os setores hoje enfrentam a demanda de observar essas questões e agir ativamente para mitigá-las, inserindo compromissos específicos nos seus planos de negócio.
No entanto, a dúvida de muitos CEOs pelo mercado é “como”. “O empresário hoje em dia se vê na posição de tratar de questões que, muitas vezes, não fazem parte do negócio dele. E ele não sabe por onde começar”, afirma Fernando Silva, CEO da PWTech. Para atender a essa demanda, a startup trabalha com a purificação de água contaminada como serviço B2B – quando o negócio é feito entre empresas.
“A recuperação de água contaminada atinge repercussões positivas não somente no quesito ambiental, mas no social também: evitando a transmissão de doenças e tirando a responsabilidade de crianças de buscar água limpa para seu consumo em regiões remotas, o que acaba as afastando da escola e até mesmo de ter uma infância de qualidade”, diz Fernando.
Demandas ESG
A PWTech já realizou projetos com grandes empresas como a AMBEV (PROJETO AMA – Potabilização de água de rio em comunidade remota no Ceará – BEBERIBE) e a Vale (Potabilização de água de chuva em comunidades remotas no Pará e Maranhão). As ações envolvem a instalação de purificadores de água PW5660, cada um deles com capacidade de produção de até 5000L por dia, dependendo da qualidade da água a ser tratada, para o abastecimento digno e saudável de comunidades ao redor do país.
O PW5660 é um equipamento portátil e patenteado pela startup. Ele é capaz de remover 100% de vírus e bactérias da água e reduzir até 99% de particulados, transformando a água contaminada em potável. Ele é adaptável a diferentes fontes de energia e seus filtros têm vida útil de longa duração – em média 100.000 litros.
“Um dos nossos principais objetivos com a concepção do projeto era para atender comunidades remotas. Por isso, tínhamos como uma das prioridades que ele fosse fácil de transportar, durável e tivesse boa eficiência energética”, explica o CEO.
Por meio do seu trabalho, a startup consegue abordar alguns dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ODS – ONU). Entre eles, estão o 6 – Água potável e saneamento; 1.4 – Acesso a serviço básico – Água potável; 3 – Saúde e Bem-Estar; 10 – Redução das desigualdades; e 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis, entre outros. “Almejamos fazer parte dos esforços de outras empresas para ampliar nossa abrangência e a relevância da nossa solução. Além disso, podemos ajudá-las a navegar no caminho para atender suas demandas ESG perante a investidores. Assim, todos somos bem sucedidos no processo”, finaliza o empreendedor.