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Práticas de ESG devem partir do conselho e diretoria, indica pesquisa da fundação WCD - RMAI

Práticas de ESG devem partir do conselho e diretoria, indica pesquisa da fundação WCD

by Fábio Rocha

A 2ª Edição da publicação WCD Unframed, organizada pela Fundação WCD (WomenCorporateDirectors), com apoio da BMI (Blue Management Institute), aborda o tema Capitalismo de Stakeholder: Engajamento não é apenas opção.

O conteúdo aponta que, do total de entrevistados, 83% defendem que conselho e diretoria deverão estabelecer-se como os mensageiros e líderes efetivos de ESG (do inglês Environmental, Social and Governance / Meio Ambiente, Social e Governança Corporativa). Ou seja, o exemplo precisa vir de cima.

Outro fator relevante é que, para 72% dos respondentes, as agendas ambiental e social não acontecem plenamente nas organizações enquanto o elemento governança não estiver solidamente estruturado.

“O conselho se torna a força motriz da agenda ESG, pois dá o tom para que a demanda por uma atuação sustentável seja ouvida, enraizada na cultura organizacional e praticada diariamente por todo o time de gestores com resultados mensuráveis, consistentes e duradouros”, afirma Sandra Guerra, coautora da “WCD Unframed — Capitalismo de Stakeholders” e autora do livro “A Caixa-Preta da Governança” (Best Business, 2021).

Agenda ESG

 

No que diz respeito aos principais desafios para a inclusão da agenda ESG ser recorrente nas pautas dos conselhos, 58% relatam que o tema não está integrado à estratégia da empresa ou negócio. Outros 20% dizem que falta espaço diante de outros assuntos considerados mais importantes.

Por outro lado, mesmo com o boom dos debates sobre esse tema ocorrido com a crise da Covid-19, a crença perseverante entre conselheiros e diretores é de que a agenda ESG é uma distração do foco na geração de valor econômico: 65% dos entrevistados admitiram essa realidade no âmbito corporativo.

“O “G” de governança assegura que as iniciativas nas dimensões social e ambiental estejam, de fato, tecidas na estratégia da empresa e sejam devidamente monitoradas, buscando a geração de valor no longo prazo. Suas diretrizes, portanto, devem emanar do Conselho de Administração (CA) para que sejam implementadas de forma transversal em todas as atividades do negócio”, finaliza Guerra.

Sobre a pesquisa

 

O levantamento foi realizado com uma amostra de 65 membros da WCD Brasil no mês de maio de 2022. Além disso, a segunda edição WCD UNFRAMED aborda a transformação do modelo capitalista por meio do engajamento multistakeholder, para trazer visões práticas e contemporâneas a partir de experiências e vivências pessoais de profissionais de destaque no mercado, por meio de insights, análises e artigos.

São coautoras desta edição: Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora; Heloisa Bedicks, Conselheira de Administração e Fiscal, além membro do Conselho Consultivo do GRI (Global Reporting Initiative); Sandra Guerra, autora do livro “A Caixa-Preta da Governança”; Sonia Consiglio, especialista em sustentabilidade, conselheira e SDG Pionneer pelo Pacto Global das Nações Unidas, e Teresa Vernaglia, CEO da BRK Ambiental e Porta-voz para o ODS 06 (água e saneamento) da Rede Brasil do Pacto Global.

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